
O Museu Guimet, em Paris, é um museu de artes asiáticas. Foi criado originalmente por Emile Guimet para ser um museu das religiões, em especial, das asiáticas.

O museu oferece gratuitamente um audioguia e um mapa para fazer o percurso. Pegando o audioguia e entrando no espaço expositivo, o aparelho sugere um percurso.
Olhando no mapa, eu, como visitante, já estava perdida: este percurso não corresponde à entrada da exposição, seguindo em frente – como na maioria dos museus – e começa então uma busca do visitante por encontrar onde seria este suposto início, pela India. Algo confuso, para quem entra e espera seguir em frente, atraído pelas estátuas em pedra.

Persisti. Mas não consegui saber qual a conexão ou estabelecer uma continuidade entre as salas, muito menos definir qual seria o percurso pensado para um suposto visitante modelo – definição proposta pelo autor Jean Davallon, que diz existir, durante o processo de produção de uma exposição, a figura de um visitante dito “modelo” usado para pensar e prever os movimentos esperados de um visitante durante a sua visita a uma exposição. O visitante modelo ajuda a pensar a lógica de construção de uma exposição.
Não sou antropóloga, arqueóloga ou estudo ciência afins. Sou apenas uma mera visitante de exposições, que precisa (sim, precisa!), como a maioria dos seres humanos (os mortais, ao certo), entender a lógica e a sequencia de uma exposição quando entra nela ou olha um mapa. Segundo Giulio Carlo Argan, o ser humano tem essa necessidade de ordenar e classificar as informações. Eu, como ser humano, preciso, portanto, dessa idéia.
Analisando então mais minuciosamente a comunicação do museu, me dei conta que no percurso das salas é percebida também a abundância de informações, seja na entrada das salas ou nas placas auxiliares. Porém, muitas vezes, a organização e sequência dessas informações não é clara.
Percorrendo o espaço e observando os dispositivos comunicacionais, é possível perceber alguns pontos interessantes:

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Um comentário sobre “Museu Guimet: é importante orientar o visitante?”